O pastor e cantor Kleber Lucas já era uma figura controversa dentro do meio evangélico por ter se casado três vezes. Intérprete de músicas que fizeram muito sucesso, ele ultimamente acabou se envolvendo em uma grande polêmica após ter participado de um evento no terreiro de candomblé da mãe de santo Conceição d`Lissá, na Baixada Fluminense.
Ele e outros líderes evangélicos progressistas levaram uma oferta de 12 mil reais para a reconstrução do barracão Kwe Cejá Gbé, que foi vítima de um incêndio em 2014. Também cantou com os músicos do terreiro, acompanhado pelos atabaques.
O caso ganhou grande repercussão também por que a sua postura pública tem sido mais focada em falar sobre racismo que do evangelho. Manteve o discurso, inclusive, quando participou de um programa na rede Globo, onde chamou uma candomblecista de “irmã”.
A enxurrada de críticas que ele recebeu nas redes sociais foi classificada por seus apoiadores como demonstrações de “racismo” e “intolerância”. Até o momento ele não se posicionou claramente sobre o assunto, mas em entrevista reclamou que a teologia brasileira é “racista”.
Quando usou as redes sociais, foi para transmitir mensagens como “Deus não é cristão” e desabafar com frases como “Não há nada mais demoníaco do que o mal chancelado pela religião!”.
Rejeitado por parte do público evangélico, ele será o centro de um “encontro de solidariedade” nessa segunda, 11 de dezembro, no Salão Nobre do IFCS – UFRJ, no Rio de Janeiro. A convocação, segundo o material de divulgação é “para religiosos de matriz africana, bem como agnósticos, ateus, intelectuais, artistas e toda sociedade para dar um basta à Intolerância Religiosa e ao Racismo”.
No convite que chegou à redação do Gospel Prime, há uma citação do próprio Kleber Lucas: “A religião é a busca de cada ser humano pelo sagrado e o sentido da vida e isso precisa ser respeitado. Não faz nenhum sentido alguém que se diz religioso e não melhora sua relação com o seu próximo”.
Essa nova fase do cantor, cujas palavras mais usadas parecem ser “religião, racismo e respeito”, causa estranheza para quem se acostumou vê-lo entoar hinos que falavam de “Jesus, Igreja e da cruz”.
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