dezembro 2017 ~ Rádio Cidade GOSPEL

09/12/2017

Governo brasileiro não apoia decisão dos EUA sobre Jerusalém


Jerusalém, e sua condição de capital de Israel, ocupa a pauta global do momento. Um dia após o presidente Donald Trump fazer valer a lei aprovada pelo Congresso de seu país e mudar o status da cidade, anunciando a mudança da embaixada para lá, o governo brasileiro se pronunciou.
A nota oficial publicada no site do Itamaraty diz que o entendimento do governo brasileiro é que “o status final da cidade de Jerusalém deverá ser definido em negociações que assegurem o estabelecimento de dois estados vivendo em paz e segurança dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas”. A opção de Temer é seguir as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e defende que “as fronteiras entre os dois estados deverão ser definidas em negociações diretas entre as partes tendo por base a linha de junho de 1967”.
Isso equivale a dizer que o Brasil é favorável à divisão de Jerusalém em duas, ficando a porção oriental como capital de um futuro Estado palestino. A nota lembra ainda que “O Brasil mantém relações diplomáticas com Israel desde 1949 e reconheceu o Estado da Palestina em 2010”.
Na balança diplomática, a relação com os palestinos é mais valorizada. Isso já era evidente nas votações na UNESCO e na ONU, onde o país se alinhou com os países muçulmanos e aprovou dezenas de resoluções em desfavor de Israel. Uma das mais recentes “desautoriza os laços israelenses com Jerusalém”. O placar da aprovação dessa proposta foi de 151 votos favor e seis contra, com nove abstenções.
O Ministério das Relações Exteriores, ainda sob a batuta de Aloysio Nunes, vai na direção contrária do presidente Donald Trump. Os motivos para o Brasil continuar com a mesma política dos últimos 13 anos não são claros.
O Partido dos Trabalhadores doou dinheiro de impostos para o grupo terrorista palestino Hamas, declarou o reconhecimento da Palestina como nação independente, e cedeu terreno para a construção de sua embaixada em Brasília – a única do tipo fora do Oriente Médio na época.
A comunidade internacional, em grande parte, ainda debate como vai lidar com Israel a partir de agora. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu convidou as outras nações para que sigam o exemplo dos EUA. Até o momento, apenas as Filipinas e a República Checa fizeram essa opção. Em abril, a Rússia já havia anunciado o reconhecimento de Jerusalém ocidental como capital de Israel, mas ao mesmo tempo defendeu Jerusalém Oriental como a capital de um futuro estado da Palestina.
O Conselho de Segurança da ONU irá se reunir para debater o assunto nesta sexta-feira (8), enquanto o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, mobilizará todos os países muçulmanos em uma cúpula dia 13, em Istambul.

"Polêmica" Candomblecistas promovem ato em solidariedade a Kleber Lucas

O pastor e cantor Kleber Lucas já era uma figura controversa dentro do meio evangélico por ter se casado três vezes. Intérprete de músicas que fizeram muito sucesso, ele ultimamente acabou se envolvendo em uma grande polêmica após ter participado de um evento no terreiro de candomblé da mãe de santo Conceição d`Lissá, na Baixada Fluminense.
Ele e outros líderes evangélicos progressistas levaram uma oferta de 12 mil reais para a reconstrução do barracão Kwe Cejá Gbé, que foi vítima de um incêndio em 2014. Também cantou com os músicos do terreiro, acompanhado pelos atabaques.
O caso ganhou grande repercussão também por que a sua postura pública tem sido mais focada em falar sobre racismo que do evangelho. Manteve o discurso, inclusive, quando participou de um programa na rede Globo, onde chamou uma candomblecista de “irmã”.
A enxurrada de críticas que ele recebeu nas redes sociais foi classificada por seus apoiadores como demonstrações de “racismo” e “intolerância”. Até o momento ele não se posicionou claramente sobre o assunto, mas em entrevista reclamou que a teologia brasileira é “racista”.
Quando usou as redes sociais, foi para transmitir mensagens como “Deus não é cristão” e desabafar com frases como “Não há nada mais demoníaco do que o mal chancelado pela religião!”.
Rejeitado por parte do público evangélico, ele será o centro de um “encontro de   solidariedade” nessa segunda, 11 de dezembro, no Salão Nobre do IFCS – UFRJ, no Rio de Janeiro. A convocação, segundo o material de divulgação é “para religiosos de matriz africana​, bem como agnósticos, ateus, intelectuais, artistas e toda sociedade para dar um basta à Intolerância Religiosa e ao Racismo”.
No convite que chegou à redação do Gospel Prime, há uma citação do próprio Kleber Lucas: “A religião é a busca de cada ser humano pelo sagrado e o sentido da vida e isso precisa ser respeitado. Não faz nenhum sentido alguém que se diz religioso e não melhora sua relação com o seu próximo”.
Essa nova fase do cantor, cujas palavras mais usadas parecem ser “religião, racismo e respeito”, causa estranheza para quem se acostumou vê-lo entoar hinos que falavam de “Jesus, Igreja e da cruz”.