08/24/17 ~ Rádio Cidade GOSPEL

24/08/2017

O diário secreto das meninas do Chibok sequestradas pelo Boko Haram



O sequestro de mais de 200 estudantes do Chibok foi o resultado acidental de um roubo malsucedido. É o que dizem duas das meninas que foram mantidas em cativeiro por três anos. A revelação foi possível por meio de diários secretos que foram obtidos pela Thomson Reuters Foundation.
Quando relembra a noite do sequestro, em abril de 2014, Naomi Adamu diz que os extremistas não foram atrás das meninas, mas queriam assaltar o lugar e levar maquinário de construção. Como não encontraram o que estavam procurando, não souberam o que fazer com as meninas. “Um deles dizia que deviam nos queimar, outros sugeriram que fôssemos levadas à Sambisa (base do grupo extremista). Eles falaram que Shekau, o líder, saberia o que fazer conosco”, escreveu Naomi.
Ela estava entre as 82 meninas libertadas em maio deste ano. Outras 21 já haviam sido libertadas em outubro de 2016. Elas estão em um local secreto em Abuja, para participar do que o governo do país chama de “processo de restauração”. Estima-se que ainda há cerca de 113 garotas em poder do Boko Haram.
Espírito de coragem, amor e equilíbrio
A autenticidade dos diários escritos por Naomi e a amiga, Sarah Samuel, não pode ser verificada ou usada como arma de negociação. Porém, as páginas escritas mostram o horror que as garotas passaram enquanto estavam sequestradas. Mais importante, mostram também a certeza de que um dia voltariam para casa.
Os diários começaram a ser escritos durante as aulas sobre o Alcorão, para a qual recebiam um caderno. Para escondê-los, elas os enterravam ou os escondiam debaixo da roupa. “Escrevemos juntas. Quando uma cansava, a outra continuava”, desabafa Naomi, de 24 anos, direto do local onde o governo mantém as garotas libertadas.
“Se me perseguiram, também perseguirão vocês”
A vida sob o domínio do Boko Haram incluía agressões, ensinos sobre o Alcorão, pressão para se casar com extremistas e se converter ao islamismo. As meninas mantiveram a personalidade, pois o diário mostra que usavam apelidos engraçados e humilhantes para os extremistas. Ainda assim, a crueldade era sempre citada.
Em certa ocasião, os ativistas reuniram garotas que se recusaram a abraçar o islamismo, trouxeram galões de gasolina e ameaçaram queimá-las vivas. “Eles diziam: ‘Você quer morrer. Se não quer ser muçulmana, vamos queimá-la’”, diz uma passagem do diário. Porém, os galões só tinham água e os extremistas riram da brincadeira.
Apesar de estar livre, Naomi se preocupa com sua grande amiga Sarah, que ainda está com o grupo e foi obrigada a casar com um deles. “Ela casou porque estava sem comida e água. Nem todos conseguem sobreviver nessa situação. Eu estou triste, muito triste. Penso nelas o tempo todo”, compartilha Naomi.
Pedidos de Oração: Clame ao Senhor pela libertação das garotas que ainda estão sob o domínio do Boko Haram. Peça a Deus por restauração e cura para as meninas libertadas. Ore pelas negociações. Interceda por sabedoria para os governantes do país durante esse processo.
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Fonte: Portas Abertas

ONU pede que EUA condenem racismo ‘incondicionalmente’


Especialistas de direitos humanos da ONU pediram nesta quarta-feira (23) que os Estados Unidos e sua liderança condenem “incondicionalmente” discursos de racismo e crimes, advertindo que um fracasso em fazê-lo pode desencadear mais incidentes violentos.
O comunicado de “aviso prévio e ação urgente”, reservado para situações sérias, foi emitido pelo Comitê de Eliminação da Discriminação Racial da ONU, e, por pouco, não criticou diretamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Trump foi alvo de críticas por ter responsabilizado ambos os lados pela violência em um protesto em Charlottesville organizado por neonazistas e nacionalistas brancos. Uma mulher, Heather Heyer, foi morta depois que um homem ligado aos nacionalistas brancos avançou com seu carro contra uma multidão de manifestantes de oposição aos supremacistas.
O comitê disse estar “perturbado com o fracasso no mais alto nível político” dos Estados Unidos em rejeitar demonstrações de racismo. Esse fracasso pode levar ao “abastecimento da proliferação de discursos e incidentes de racismo” nos Estados Unidos, disse o documento.
“Nós estamos alarmados pelas demonstrações de racismo, com slogans, músicas e saudações abertamente racistas, por nacionalistas brancos, neonazistas e pela Ku Klux Klan, promovendo a supremacia branca e incitando a discriminação racial e o ódio”, disse Anastasia Crickley, presidente do comitê.
Leia também: Neonazistas: Casa Branca define como terrorismo protestos na Virgínia
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Fonte: G1